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Polícia Federal e Polícia Civil apreendem arsenal com armas, munições e explosivos na casa de empresário investigado
Ação conjunta entre Polícia Federal e Civil apreende 12 armas, munições e materiais explosivos; empresário já respondia por outros crimes e continua preso preventivamente
Por Jornalismo
25 de Abril de 2025 às 08:18
Na tarde da última quarta-feira (23), uma operação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão em Auriflama/SP. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Estadual, a partir de uma solicitação do Ministério Público, e tinham como alvo a residência de um empresário já investigado por diversas irregularidades envolvendo armas de fogo.
Durante a ação, foram apreendidas 12 armas de fogo, milhares de munições intactas, além de maquinário e insumos usados na recarga de munições — incluindo quilos de pólvora, um material explosivo sob controle do Exército Brasileiro.
A operação é um desdobramento de uma investigação anterior da Polícia Civil de São Paulo, que prendeu três pessoas na semana passada, entre elas o mesmo empresário. Eles são suspeitos de envolvimento no desvio de 63 armas e cerca de 30 mil munições, que deveriam estar sob custódia na loja do empresário. Segundo a investigação, o grupo teria simulado um furto para justificar o desaparecimento do arsenal, que incluía armas de terceiros aguardando regularização junto ao Exército. Parte desse armamento pode ter sido negociada com criminosos de outras cidades — uma das armas, inclusive, foi apreendida pela polícia antes mesmo da comunicação oficial do suposto furto.
Com base em informações da Polícia Federal, a Justiça autorizou novos mandados, pois havia indícios de que o empresário ainda mantinha armamentos em sua residência, mesmo estando preso. No local, foram encontradas 11 armas registradas no SIGMA (sistema do Exército para CACs – Colecionadores, Atiradores e Caçadores) e uma no SINARM (Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal), esta última de uso pessoal.
Além das armas, os policiais apreenderam uma grande quantidade de munições, máquinas de recarga e outros materiais com capacidade para produzir milhares de cartuchos. A recarga de munições é uma atividade controlada pelo Exército, e agora será apurado se o empresário tinha autorização para manter tal estrutura em casa, que, segundo os agentes, não atendia aos padrões exigidos.
O investigado também responde na Justiça Estadual por outro processo grave: em 2024, durante outra operação, equipamentos eletrônicos apreendidos em sua residência e loja revelaram ao menos 33 arquivos com conteúdo de exploração sexual infantil. Esse material já havia motivado um processo de cassação de posse de armas e a comunicação formal ao Exército sobre a conduta do empresário.
Todo o material apreendido na ação foi encaminhado para a sede da Polícia Federal em Jales/SP, onde o caso continuará sob investigação. O empresário segue preso preventivamente, à disposição da Justiça Estadual.