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Sarampo volta a preocupar autoridades de saúde nas Américas e no Brasil
Com baixa cobertura vacinal, casos de sarampo voltam a crescer nas Américas e acendem alerta de surto no Brasil
Por Jornalismo
07 de Maio de 2025 às 15:21
Doença que havia sido erradicada no Brasil em 2016, o sarampo voltou a registrar casos e preocupa as autoridades de saúde em todo o continente americano. Segundo alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (28/4), os números de infecções estão aumentando nas Américas, impulsionados principalmente pela baixa cobertura vacinal.
Entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano, foram contabilizados 2.318 casos da doença em países da região, incluindo três mortes. No Brasil, os registros de casos autóctones — quando a infecção ocorre no próprio local em que é diagnosticada — reapareceram desde 2022, acendendo um sinal de alerta para o risco de surtos.
Segundo a OMS, o perfil dos infectados tem relação direta com a falta de imunização: pessoas entre 1 e 29 anos que não foram vacinadas ou que possuem status vacinal desconhecido são a maioria entre os diagnosticados.
Vacinação em baixa Apesar de a vacina contra o sarampo estar disponível gratuitamente nos postos de saúde, a adesão ainda é considerada insuficiente. Em 2023, mais de 22 milhões de crianças no mundo inteiro não receberam sequer a primeira dose do imunizante — um número alarmante para uma doença altamente contagiosa.
No Brasil, o esquema vacinal recomendado prevê duas doses para crianças e jovens até 30 anos. Já os adultos entre 30 e 60 anos precisam de apenas uma dose. Quem não tem certeza se já se vacinou pode — e deve — tomar a vacina novamente, sem risco à saúde.
Contágio fácil, prevenção essencial O sarampo é transmitido por meio de secreções respiratórias, como gotículas de saliva expelidas ao falar, tossir ou espirrar, e também por contato com superfícies contaminadas. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse, coriza e conjuntivite. Como não existe um tratamento antiviral específico para a doença, a vacinação segue sendo a principal forma de proteção.
A OMS reforça que a imunização em massa é a única maneira de evitar surtos e proteger pessoas mais vulneráveis, como bebês, idosos e indivíduos imunossuprimidos. A entidade também chama a atenção para a importância do combate à desinformação nas redes sociais, que tem contribuído para o aumento da hesitação vacinal em diversas partes do mundo.
Alerta e responsabilidade coletiva Diante do cenário de crescimento dos casos, o alerta da OMS é claro: é necessário retomar o compromisso coletivo com a vacinação para evitar que o sarampo volte a se espalhar de forma descontrolada. O Brasil já conseguiu erradicar a doença uma vez, e isso só foi possível graças à alta cobertura vacinal.
A orientação do Ministério da Saúde é que todos os cidadãos verifiquem sua caderneta de vacinação e procurem o posto de saúde mais próximo em caso de dúvidas. A prevenção é um ato de responsabilidade individual com impacto direto na saúde pública.